PÔ, DESCONTRAÇÃO TEM LIMITE — Voltando agora do almoço a pé pela Riachuelo, vi mais à frente o carro da funerária entrar de ré na calçada, diante desta garagem http://goo.gl/k9JSRG >. Da viatura, todo serelepe, sai o motorista. Engravatado e simpático, estende a mão ao senhor na porta da garagem, que tinha os olhos vermelhos marejados e fungava. Cheguei em cima do lance e presenciei o seguinte diálogo: — Boa tarde, meu querido, como vai? Tudo bem? — pergunta o motorista, sem noção, mas com largo e sincero sorriso. Melhor astral, impossível. — Não — responde em voz baixa, soluçando e quase chorando o provável parente próximo do falecido. — Olha, fica frio, irmãozinho. Agora você só precisa pegar esse papelzinho aqui e levar no cartório, tá combinado? — Tá bom. — Agora, me diz aí, queridíssimo. Me fala. Onde é que tá o corpinho?