Você sabia que existe um BANCO DE OSSOS no Rio? Eu não sabia.

Você sabia que existe um BANCO DE OSSOS no Rio? Eu não sabia.

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Into registra apenas uma captação de ossos no Rio de Janeiro
 
Número de doações caiu este ano e já preocupa Instituto
 
O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into) registrou apenas uma doação de ossos até esta quinta-feira (19) no Rio de Janeiro. No ano passado, foram feitas 27 captações de doadores falecidos, sendo em média dois doadores por mês. As doações de 2014 beneficiaram 478 pacientes em cirurgias ortopédicas e odontológicas que necessitavam de enxertos ósseos, disponibilizados para transplante pelo Banco de Tecidos do Into.
 
Foram beneficiados com as doações pacientes atendidos em 40 hospitais credenciados no Sistema Nacional de Transplantes de 11 estados: Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Ceará.  Do total, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina foram os três estados que mais utilizaram o serviço com 86% dos enxertos solicitados para transplantes ósseos.
 
“O estoque hoje está atendendo parte da nossa demanda. Se não houver doações em curto prazo, não poderemos atender às solicitações dos hospitais. As cirurgias têm crescido a cada ano nos estados e precisamos continuar captando para poder ofertar, disponibilizando o material no estoque para o transplante”, afirma o ortopedista Rafael Prinz, chefe do Banco de Tecidos.
 
O material com maior demanda é o tecido córtico esponjoso (cabeça do fêmur e parte distal do fêmur), utilizado nas cirurgias para o preenchimento e correção de falhas ósseas devido a doenças degenerativas, como artrose, além de câncer e fraturas que necessitem de enxerto. 
 
De acordo com Prinz, um doador pode beneficiar cerca de 30 pessoas, mas ainda há muita resistência dos familiares em concordar com esse tipo de doação. “Infelizmente o índice de recusa chega a 50% entre os doadores de órgãos, devido ao desconhecimento da população sobre os benefícios que esse gesto pode trazer para a qualidade de vida dos doentes”.
  
Banco de Tecidos
 
Criado em 2002, o Banco de Tecidos do Into é responsável pela captação, processamento e distribuição de ossos, tendões e meniscos para utilização em cirurgias de transplantes na área da ortopedia e odontologia. O Banco funciona 24 horas e conta com 37 profissionais, sendo cinco médicos, dois assistentes, uma bióloga, nove enfermeiros e 16 auxiliares de enfermagem. Em 2013, o Banco passou a captar córneas no Rio de Janeiro, utilizando o mesmo espaço e a estrutura existente, com a coordenação de dois oftalmologistas. O serviço é uma parceria com a Secretaria Estadual de Saúde com o objetivo de melhorar a posição do estado em transplantes de córneas.
  
Como funciona o processo
 
São captados do doador morto o fêmur inteiro, a tíbia (perna), o úmero (braço) e parte da crista ilíaca (quadril). Os ossos dos membros inferiores e superiores são substituídos por material sintético, mantendo a forma e a aparência do doador preservada para o sepultamento. Em nenhuma hipótese, são retirados ossos das mãos, face e crânio.
 
O processamento é realizado em uma área com rigoroso controle de qualidade, com ar totalmente puro para evitar contaminação por bactérias e vírus, onde são realizados testes e exames bacteriológicos, fúngicos, radiológicos e histopatológicos para minimizar os riscos para a saúde do receptor. Os resultados dos exames vão determinar a aprovação ou não para o transplante. Os tecidos são depois armazenados a uma temperatura de 80 graus negativos, em ultracongeladores com capacidade de armazenar ossos de 50 doadores.

Após liberação para uso, os tecidos atendem a cirurgias realizadas no Into e em outros hospitais cadastrados no Sistema Nacional de Transplantes. Somente o médico ou cirurgião-dentista responsável pelo paciente pode solicitar enxertos ao banco. O enxerto ósseo disponibilizado pelo Banco de Tecidos é totalmente gratuito, sendo financiado pelo Ministério da Saúde.

Quem pode doar ?
 
O doador que evoluiu com morte encefálica ou parada cardíaca. O doador vivo que será submetido à cirurgia para colocação de prótese de quadril, na qual é retirada a cabeça femoral. Para ser doador, o paciente deve consentir e autorizar. Pessoas com idade entre 18 e 70 anos, que não tenham sido vítimas de câncer ósseo, osteoporose ou doenças infecciosas transmitidas através do sangue (como hepatite, AIDS, malária). Também não é permitido doar quem, há menos de um ano, possui tatuagem, e fez uso prolongado de corticóides, acupuntura ou recebeu transfusão sanguínea. Os futuros doadores devem expressar, em vida, sua vontade de doar ossos e comunicar à família.

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