"O MECANISMO", NO NETFLIX
"O MECANISMO", NO NETFLIX
Excelente minissérie em 8 capítulos em exibição no Netflix.
A história da Operação Lava-Jato — Uma investigação sobre suspeitas de corrupção envolvendo estatais e empreiteiras se torna um dos maiores escândalos políticos do Brasil. Inspirada em fatos reais.
Estrelando: Selton Mello, Caroline Abras, Enrique Diaz
Criação: Elena Soares, José Padilha
Atuação dos protagonistas é exemplar, dão banho de talento. O roteiro também, ótimo. Muito bem produzida e, fora a troca intencional de alguns nomes, é um documento histórico da podridão de parte da cúpula do país. Dá nojo. Não mostra a podridão toda, pois grande parte nem é mencionada, digo, o lado dos tucanos. Mas acompanha bem a saga da Lava-Jato, que misteriosamente deixa PSDB e aliados de fora.
Os simpatizantes do PT estão chutando o teto de tanta raiva da série, ameaçando boicote (oh!) e acusando o seriado de ser baseado em fake news. Fumaram erva podre, só pode ser.
Vale a pena assistir, seja você de que lado for, mesmo que seja apenas para saber do que se trata. Eu estou adorando, e só cheguei ainda no 4º episódio.
https://www.netflix.com/br/title/80120485
Mais informações no IMDb:
http://www.imdb.com/title/tt6873658/?ref_=nv_sr_1
Pequeno glossário dos personagens com nomes trocados (copiei do Globo):
■ O doleiro — Na série, o doleiro Roberto Ibrahim (Enrique Diaz) comanda um esquema de lavagem de dinheiro, operando por meio de um escritório instalado em cima de um posto de gasolina. Na vida real, foi exatamente esse o cenário que batizou a operação Lava-Jato, que prendeu o doleiro Alberto Youssef em sua primeira fase.
■ Prostitutas — Ibrahim chama a ex-cafetina Kitano (Alessandra Colasanti) para trabalhar com ele. As suas prostitutas são usadas para distribuir dinheiro de corrupção em Brasília. Na vida real, Youssef, que teve um relacionamento com Nelma Kodama, condenada, afirmou aos investigadores que prostitutas eram pagas com dinheiro desviado da Petrobras.
■ Nomes de fantasia — Alegando ser uma obra independente, a produção de "O mecanismo" não quis usar nomes verdadeiros de instituições. Assim, PF virou "Polícia Federativa"; o MP é chamado de "Ministério Federal Público"; a Odebrecht, de Miller & Bretch; e a Petrobras se tornou PetroBrasil. Muita sutileza (só que não :-)
■ O presidente — "Nunca antes da história desse país", diz o presidente do Brasil (interpretado por Arthur Kohl) ao fim do primeiro episódio, numa referência a Lula. O personagem é barbudo, tem a língua presa e está em meio à campanha para eleger sua colega de partido.
■ A 'presidenta' — A candidata à Presidência, Janete, aparece já falando em "estocar vento" — expressão usada por Dilma em 2015, que acabou sendo alvo de piadas na internet. A assessora de campanha, vivida por Maria Ribeiro, recebe dinheiro de Ibrahim.
■ O investigador — Selton Mello afirma que seu personagem Marco Ruffo foi baseado num homem chamado "Gerson". No livro "Lava Jato: o Juíz Sergio Moro e os bastidores da Operação que abalou o Brasil", no qual a série se baseia, Gerson Machado é um delegado da PF. Selton afirma não ter tido contato com o homem real.
■ Diretor da 'PetroBrasil' — O diretor da PetroBrasil (ou Petrobras, em bom português) é João Pedro Rangel (Leonardo Medeiros). Ele mantém uma relação próxima com Ibrahim, que dá de presente ao colega um carro de luxo. Na vida real, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse ter recebido um Range Rover de Alberto Youssef.
Não perca!
https://www.netflix.com/br/title/80120485
Excelente minissérie em 8 capítulos em exibição no Netflix.
A história da Operação Lava-Jato — Uma investigação sobre suspeitas de corrupção envolvendo estatais e empreiteiras se torna um dos maiores escândalos políticos do Brasil. Inspirada em fatos reais.
Estrelando: Selton Mello, Caroline Abras, Enrique Diaz
Criação: Elena Soares, José Padilha
Atuação dos protagonistas é exemplar, dão banho de talento. O roteiro também, ótimo. Muito bem produzida e, fora a troca intencional de alguns nomes, é um documento histórico da podridão de parte da cúpula do país. Dá nojo. Não mostra a podridão toda, pois grande parte nem é mencionada, digo, o lado dos tucanos. Mas acompanha bem a saga da Lava-Jato, que misteriosamente deixa PSDB e aliados de fora.
Os simpatizantes do PT estão chutando o teto de tanta raiva da série, ameaçando boicote (oh!) e acusando o seriado de ser baseado em fake news. Fumaram erva podre, só pode ser.
Vale a pena assistir, seja você de que lado for, mesmo que seja apenas para saber do que se trata. Eu estou adorando, e só cheguei ainda no 4º episódio.
https://www.netflix.com/br/title/80120485
Mais informações no IMDb:
http://www.imdb.com/title/tt6873658/?ref_=nv_sr_1
Pequeno glossário dos personagens com nomes trocados (copiei do Globo):
■ O doleiro — Na série, o doleiro Roberto Ibrahim (Enrique Diaz) comanda um esquema de lavagem de dinheiro, operando por meio de um escritório instalado em cima de um posto de gasolina. Na vida real, foi exatamente esse o cenário que batizou a operação Lava-Jato, que prendeu o doleiro Alberto Youssef em sua primeira fase.
■ Prostitutas — Ibrahim chama a ex-cafetina Kitano (Alessandra Colasanti) para trabalhar com ele. As suas prostitutas são usadas para distribuir dinheiro de corrupção em Brasília. Na vida real, Youssef, que teve um relacionamento com Nelma Kodama, condenada, afirmou aos investigadores que prostitutas eram pagas com dinheiro desviado da Petrobras.
■ Nomes de fantasia — Alegando ser uma obra independente, a produção de "O mecanismo" não quis usar nomes verdadeiros de instituições. Assim, PF virou "Polícia Federativa"; o MP é chamado de "Ministério Federal Público"; a Odebrecht, de Miller & Bretch; e a Petrobras se tornou PetroBrasil. Muita sutileza (só que não :-)
■ O presidente — "Nunca antes da história desse país", diz o presidente do Brasil (interpretado por Arthur Kohl) ao fim do primeiro episódio, numa referência a Lula. O personagem é barbudo, tem a língua presa e está em meio à campanha para eleger sua colega de partido.
■ A 'presidenta' — A candidata à Presidência, Janete, aparece já falando em "estocar vento" — expressão usada por Dilma em 2015, que acabou sendo alvo de piadas na internet. A assessora de campanha, vivida por Maria Ribeiro, recebe dinheiro de Ibrahim.
■ O investigador — Selton Mello afirma que seu personagem Marco Ruffo foi baseado num homem chamado "Gerson". No livro "Lava Jato: o Juíz Sergio Moro e os bastidores da Operação que abalou o Brasil", no qual a série se baseia, Gerson Machado é um delegado da PF. Selton afirma não ter tido contato com o homem real.
■ Diretor da 'PetroBrasil' — O diretor da PetroBrasil (ou Petrobras, em bom português) é João Pedro Rangel (Leonardo Medeiros). Ele mantém uma relação próxima com Ibrahim, que dá de presente ao colega um carro de luxo. Na vida real, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse ter recebido um Range Rover de Alberto Youssef.
Não perca!
https://www.netflix.com/br/title/80120485
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