Meu velho amigo Andre Machado

Meu velho amigo Andre Machado . Li seu post de despedida à porta do colégio do meu filho no meio da correria de mochilas, pastas, bolsinhas, e segurando um pequeno em cada mão. Só consegui reagir naquele momento do jeito grosseiro do meu comentário caralhoso no Face, me desculpe. Estou arrasado. Você foi o parceiro mais maravilhoso que tive no jornal. O mais correto, cavalheiresco, sensível, inteligente, profundo, humano e competente camarada com quem tive a honra de conviver na faina diária. Vou sentir sua falta naquela casa que, como você, tanto amo. Sobre o futuro, vai por mim. Aproveite, pois terá pouco tempo de bunda pra cima. Descanse, leia, arrume as coisas pendentes, run your errands e dê uma viajada. Seu tempo de ócio será pouco pois, com seus nome, fama e competência, logo será chamado para nova missão. Eu lhe agradeço por tudo. Seus ensinamentos, seu exemplo, seus causos, suas risadas chuckle, suas aulas de ortografia, nossos papos gargalhantes de ônibus e van, sua discrição, nossas confidências, nossos segredos, nossos comentários picantes sobre o entorno, e nossas manchetes adulteradas-sacanas. E, sobretudo, pela sua energia de monge espadachim. Meu coração, mesmo infartado, tem um espaço grande que é seu. Conte sempre com este seu fã e discípulo.

[Na foto, você e eu (com mão de plush pelúcia, presenteada pelo Alexandre Fontoura, na cabeça) fazendo o "V" da vitória na redação do Globo no segundo andar do prédio 35 no ruidoso corredor do stomp-stomp-stomp, em 2 de maio de 2012]

Eu te amo, Barba. Não suma, vizinho de Nit.