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<< ANOS 90 — DOIS MOMENTOS MUSICAIS, DOIS DAVIDS >>
• TEMPO 1: Era início da década de 1990. Eu era dono da Akasha, firma de consultoria em sistemas e computação gráfica. Um de meus clientes mais queridos era a Shell Brasil, na pessoa do grande Eduardo Penna. E pintou uma chance de visitarmos o Skidmore, Owings & Merrill, o mais badalado escritório de arquitetura de New York, para pescarmos dentro do possível como eles estavam usando o AutoCAD. Lá fomos nós. E numa daquelas noites fomos comer algo à noite num pequeno restaurante em Manhattan. Sentamo-nos, “ordenamos” e de repente congelei. Uma música instrumental linda em piano tocava no som ambiente. Chamei o maître e perguntei quem estava tocando. Menos de um minuto ele reapareceu e me entregou o CD “Collection” de Dave Grusin e apontou para a faixa “Mountain Dance”. A capa: http://bit.ly/2PEW9Y7. Entrei na primeira loja e comprei o disco. E ouvi aquela faixa sem parar durante um bom tempo. Não à toa, no próximo projeto para o cliente, que foi uma simulação 3D de uma base de combustíveis submersa em Barra do Garças, ela foi a música de fundo para o vídeo final da apresentação feito com o bom e velho Animator. Foi uma música que realmente me marcou. Aqui está ela no YouTube — https://youtu.be/dqr5r0OlthY, o áudio puro da versão original daquele CD. E aqui — https://youtu.be/_OZ6xQWPvjM — o vídeo de Grusin tocando a peça junto com Lee Ritenour.
• TEMPO 2: Final da década de 1990. Eu estava apaixonado por uma texana de Houston. E planejava me mudar lá para perto dela. Surgiu então, numa viagem de trabalho pela IBM, a oportunidade de ir a Houston, que sorte (ocasião em que tive, de quebra, o privilégio de, numa noite inesquecível, ver Steve Winwood tocando “While You See a Chance” ao vivo num portentoso Hammond em um show fechado pela IBM no saudoso estádio Astrodome). Eu estava na boca do gol, mas a menina não estava na cidade, infelizmente. Mas ela ligou para a casa dos pais e avisou que eu iria dormir lá, no quarto dela. E assim foi. Conheci os pais e aquela coisa toda. Em seguida, aluguei um carro e fui visitar um grande amigo que estava morando mais ou menos perto dali, em Corpus Christi <http://bit.ly/2PIxYIy>, cidade costeira no Texas. Quando você está apaixonado, sabe como é, qualquer viagem é colorida, maravilhosa e empolgante. E lá estava eu, depois de encontrar o amigo e sua família, passeando por Corpus. Resolvi ir de carro à praia para ver como era a costa, em North Beach. Os automóveis trafegavam pela areia dura e o lugar é muito bonito. Parei a máquina e liguei o rádio na KLUX 89.5 FM. De repente, outro momento daqueles “congelei”. Uma música esplêndida em piano, que me fez ir às nuvens. Só que desta vez não havia a quem perguntar que música era aquela. Anotei o prefixo da rádio e parei numa cabine telefônica para consultar o catálogo. Encontrei o endereço da estação e fui bater lá na KLUX <http://bit.ly/2PCqPJJ>. Era uma emissora pequena, aparentemente uma estação religiosa católica, e o radialista que estava no ar me atendeu carinhosamente num intervalo enquanto tocava um lote de CD’s (o repositório dele tinha capacidade para 400 discos! Era só programar e deixar tocar). Contei a ele o que queria e informei o horário em que tocou a música que adorei. Ele consultou o sistema e tocou a faixa para eu ouvir. Era aquela mesma: “Kei’s Song”, de David Benoit. Ele me levou para visitar a estação toda e despedimo-nos com um abraço. Em seguida, fui direto procurar uma loja para comprar o CD, que tenho até hoje. Visitei depois a universidade local — A&M Universidade — para cavar um mestrado e me mudar para Corpus. Mas acabou que o romance não engrenou e abortei o projeto. Aqui está portanto essa maravilha de música, que me tomou algum tempo até que voltasse a ouvi-la sem lembrar daquela velha paixão: https://youtu.be/LdSonmsFKYg. E, para minha alegria, hoje mesmo, enquanto pesquisava para escrever este post, acabo de descobrir que existe uma versão “redux” da música, ei-la: https://youtu.be/KaiK237yXG0
• TEMPO 3: Este tempo é hoje, sim, hoje mesmo. Sentei para escrever esse desabafo musical e caí de cabeça no Spotify para catar as músicas. E foi então que me veio a grande surpresa. A música do TEMPO 1 também foi gravada pelo autor da música do TEMPO 2. Aqui está, então, “Mountain Dance”, na interpretação de David Benoit: https://youtu.be/ZBfxZrIeiUg
Não tenho explicação pra isso. Mas estou com a impressão que, por algum motivo, essa singular coincidência e o fato de escrever este mais ou menos longo relato musical fecha um ciclo na minha vida, para iniciar-se outro. Que assim seja! E, de preferência, para melhor!
https://youtu.be/dqr5r0OlthY
• TEMPO 1: Era início da década de 1990. Eu era dono da Akasha, firma de consultoria em sistemas e computação gráfica. Um de meus clientes mais queridos era a Shell Brasil, na pessoa do grande Eduardo Penna. E pintou uma chance de visitarmos o Skidmore, Owings & Merrill, o mais badalado escritório de arquitetura de New York, para pescarmos dentro do possível como eles estavam usando o AutoCAD. Lá fomos nós. E numa daquelas noites fomos comer algo à noite num pequeno restaurante em Manhattan. Sentamo-nos, “ordenamos” e de repente congelei. Uma música instrumental linda em piano tocava no som ambiente. Chamei o maître e perguntei quem estava tocando. Menos de um minuto ele reapareceu e me entregou o CD “Collection” de Dave Grusin e apontou para a faixa “Mountain Dance”. A capa: http://bit.ly/2PEW9Y7. Entrei na primeira loja e comprei o disco. E ouvi aquela faixa sem parar durante um bom tempo. Não à toa, no próximo projeto para o cliente, que foi uma simulação 3D de uma base de combustíveis submersa em Barra do Garças, ela foi a música de fundo para o vídeo final da apresentação feito com o bom e velho Animator. Foi uma música que realmente me marcou. Aqui está ela no YouTube — https://youtu.be/dqr5r0OlthY, o áudio puro da versão original daquele CD. E aqui — https://youtu.be/_OZ6xQWPvjM — o vídeo de Grusin tocando a peça junto com Lee Ritenour.
• TEMPO 2: Final da década de 1990. Eu estava apaixonado por uma texana de Houston. E planejava me mudar lá para perto dela. Surgiu então, numa viagem de trabalho pela IBM, a oportunidade de ir a Houston, que sorte (ocasião em que tive, de quebra, o privilégio de, numa noite inesquecível, ver Steve Winwood tocando “While You See a Chance” ao vivo num portentoso Hammond em um show fechado pela IBM no saudoso estádio Astrodome). Eu estava na boca do gol, mas a menina não estava na cidade, infelizmente. Mas ela ligou para a casa dos pais e avisou que eu iria dormir lá, no quarto dela. E assim foi. Conheci os pais e aquela coisa toda. Em seguida, aluguei um carro e fui visitar um grande amigo que estava morando mais ou menos perto dali, em Corpus Christi <http://bit.ly/2PIxYIy>, cidade costeira no Texas. Quando você está apaixonado, sabe como é, qualquer viagem é colorida, maravilhosa e empolgante. E lá estava eu, depois de encontrar o amigo e sua família, passeando por Corpus. Resolvi ir de carro à praia para ver como era a costa, em North Beach. Os automóveis trafegavam pela areia dura e o lugar é muito bonito. Parei a máquina e liguei o rádio na KLUX 89.5 FM. De repente, outro momento daqueles “congelei”. Uma música esplêndida em piano, que me fez ir às nuvens. Só que desta vez não havia a quem perguntar que música era aquela. Anotei o prefixo da rádio e parei numa cabine telefônica para consultar o catálogo. Encontrei o endereço da estação e fui bater lá na KLUX <http://bit.ly/2PCqPJJ>. Era uma emissora pequena, aparentemente uma estação religiosa católica, e o radialista que estava no ar me atendeu carinhosamente num intervalo enquanto tocava um lote de CD’s (o repositório dele tinha capacidade para 400 discos! Era só programar e deixar tocar). Contei a ele o que queria e informei o horário em que tocou a música que adorei. Ele consultou o sistema e tocou a faixa para eu ouvir. Era aquela mesma: “Kei’s Song”, de David Benoit. Ele me levou para visitar a estação toda e despedimo-nos com um abraço. Em seguida, fui direto procurar uma loja para comprar o CD, que tenho até hoje. Visitei depois a universidade local — A&M Universidade — para cavar um mestrado e me mudar para Corpus. Mas acabou que o romance não engrenou e abortei o projeto. Aqui está portanto essa maravilha de música, que me tomou algum tempo até que voltasse a ouvi-la sem lembrar daquela velha paixão: https://youtu.be/LdSonmsFKYg. E, para minha alegria, hoje mesmo, enquanto pesquisava para escrever este post, acabo de descobrir que existe uma versão “redux” da música, ei-la: https://youtu.be/KaiK237yXG0
• TEMPO 3: Este tempo é hoje, sim, hoje mesmo. Sentei para escrever esse desabafo musical e caí de cabeça no Spotify para catar as músicas. E foi então que me veio a grande surpresa. A música do TEMPO 1 também foi gravada pelo autor da música do TEMPO 2. Aqui está, então, “Mountain Dance”, na interpretação de David Benoit: https://youtu.be/ZBfxZrIeiUg
Não tenho explicação pra isso. Mas estou com a impressão que, por algum motivo, essa singular coincidência e o fato de escrever este mais ou menos longo relato musical fecha um ciclo na minha vida, para iniciar-se outro. Que assim seja! E, de preferência, para melhor!
https://youtu.be/dqr5r0OlthY
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